domingo, 21 de junho de 2015

Perguntas Cretinas de RH

Esses dias me ligaram de uma grande empresa, uma multinacional, me oferencendo uma vaga de emprego. Eu estava no trânsito, dirigindo e encostei o carro para ouvir a proposta, fiz algumas perguntas sobre a vaga e a recrutadora logo me perguntou se poderíamos fazer uma breve entrevista. Não gosto destes recrutametos feitos assim, com pressa, já me causa logo uma impressão de falta de organização e 90% das vezes estou certo. A entrevista não serve só para o recrutador ter suas impresões sobre o trabalhador, mas serve também para o trabalhador ter uma impressão da empresa que quer contratá-lo e no fim das contas você decide se aceita ou não vender suas horas de trabalho aquela empresa.

Porém, muitas vezes, o jogo se dá ao contrário, como se a empresa fosse o último biscoito do pacote. E é muito bom fazer as recrutadoras saberem que as coisas não são assim, principalmente quando você já está empregado e numa posição confortável em que não precisa mendigar migalhas para as grandes corporações capitalistas. O mais cômico também é saber que quem recruta é uma pessoa que também é uma simples empregada, descartável como qualquer outra, que muitas vezes ganha menos que você, que está insatisfeita com seu emprego, é explorada, mas porta-se como se fosse a dona da empresa, querendo vender uma imagem que não é dela.

É neste momento que vêm a pergunta cretina da recrutadora: "Por que você gostaria de trabalhar conosco?". Esse também é o momento em que a recrutadora espera aquelas frases de efeito onde você vai rasgar de elogios a empresa onde ela trabalha, dizendo que é uma empresa líder no mercado, respeitada, que realiza grandes projetos no mundo todo, que é muito bem vista e que você sempre sonhou em trabalhar pra uma empresa assim. Mas ao invés disso você, você faz uns 3 segundos de silêncio, pensa em tudo isso que deveria dizer e dá apenas um risinho debochado e diz o óbvio do óbvio: "Olha, eu trabalharia pra vocês se me oferecessem um salário melhor do que eu ganho...". O que é a mais pura verdade, não? Mas não é o tipo de resposta que a super qualificada recrutadora quer ouvir de você. Ela quer ouvir você fingir de modo convicente que quer estar lá naquela empresa que é tão ruim como todas as outras. Ela quer que você jogue esse joguinho. É muita hipocrisia, achar que alguém prefere suar a camisa por amor do que por dinheiro, que você precisa para pagar suas contas e ter um pouco de conforto. E, hilariamente, a mesma pessoa que recruta, é aquela que está todos os dias buscando uma outra oportunidade para ganhar mais em outra empresa.

Conclusão, ela quis me oferecer uns 200 reais à mais do que eu ganho para trocar de empresa. Óbvio que não aceitei.

domingo, 22 de março de 2015

Uma História

Ando me aventurando a publicar uma história no Widbook. Já publiquei 3 capítulos, quem quiser acompanhar, segue o link abaixo:

Seventh Son

Sexta fui convocado a ir ao cinema ver O Sétimo Filho. Tenho sempre resistência a ir ao cinema para ver qualquer tipo de filme. Qualquer tipo, quero dizer, qualquer coisa que esteja passando pelo simples fato de ir ao cinema. Listo algumas razões: Questão de tempo de sair do conforto de casa, logística, valores absurdos de estacionamento no shopping, ingresso no cinema, pipoca super faturada, etc, e o fato que, depois de pagar por tudo isso, você "meio quê" ter que ficar lá pra ver o filme todo. Coisas que não aconteceriam se eu visse o filme em casa.

Sim, o filme é ruim. Batido e não te envolve. Deveria ter suspeitado desdo o início com a quantidade de adolescentes na sala, mas nem me toquei no momento. Fica a dica: muitos adolescentes na fila do cinema para ver um filme, desconfie. Mas o que ainda me motivou a ver o filme foi a associação do nome ao álbum do Iron Maiden: Seventh Son of a Seventh Son.

Não sabia que este álbum era alguma referência folclórica ou literária de alguma história. O heavy metal tradicional sempre me surpreendendo com referências a arte. Em 2000, o Iron lançou um álbum com referência ao livro Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, Brave New World. Se quiser saber mais sobre O Sétimo Filho, vale mais a pena escutar todo o álbum Seventh Son do que perder 1h30min no cinema.