quarta-feira, 29 de maio de 2013

Livros Eternos


Detesto ficar meses lendo um mesmo livro. Já faz algum tempo que comecei a ler o primeiro livro da trilogia de O Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien. Estou na reta final e pretendo terminá-lo nos próximos dias. Tenho também, um importante trabalho de conclusão de uma pós graduação que comecei três anos atrás que preciso concluir, porém tenho mil outros livros interessantes para ler. Sem contar as revistas e artigos que de vez em quando busco na internet sobre diferentes temas.

Depois que se fica dias ou semanas sem ler o livro que se está lendo a leitura perde o pique, o ritmo, o envolvimento. Não é um livro ruim, pelo contrário, o escritor é deveras criativo, fantástico. A capacidade de narrar um mundo paralelo, com suas regiões, povos diferentes, incluindo um pouco da personalidade de cada personagem de acordo com seu povo, criar uma língua para um determinado povo, como os Elfos, dentre outras coisas, faz de Tolkien um escritor notório. E quando um escritor é interessante ao ponto de produzir algo inusitado, sempre me desperta um interesse em conhecer melhor sua biografia. O verbete da Wikipedia dá uma boa instigada em conhecer melhor o autor, inclusive as outras obras, principalmente O Silmarillion, sua obra de maior peso.

Como pode-se perceber ainda não defini um formato para o blog. Enquanto penso num possível formato, em qual linha seguir, vou costurando algumas ideias até algo mais concreto ser definido. Uma coisa, porém, tenho percebido: para contribuir com algo interessante é necessário boas leituras e diferentes leituras. Um livro como este, com mais de 500 páginas, muitas vezes consome muitas horas de leitura num único assunto e quando se tem a cabeça fervilhando de pensamentos e desejo de conhecimento e informação, acaba-se querendo abraçar o mundo e não degustando como deve ser degustado cada parágrafo, linha ou palavra de um bom livro como este.

No fim do verbete da Wikipedia, fala-se dos escritores, artistas e até músicos influenciados pela obra de Tolkien. O Rock Progressivo, de fato, tem tudo a ver com a literatura fantástica. Este laço que a Literatura pode fazer com outras artes como a música é algo fascinante, assim como na Filosofia, Nietzsche, menciona Wagner como uma de suas principais influências... A música (clássica, no caso), puramente instrumental, rica em significantes, no sentido psicanalítico, é capaz de despertar algo que é produzido em forma de filosofia.

Para finalizar, segue o vídeo de uma banda brasileira, de Minas Gerais, que conheci num festival no interior do Rio de Janeiro e que tem tudo a ver com clima dos personagens e do livro de J. R. R. Tolkien: Tuatha de Dannan.

http://www.youtube.com/watch?v=60IlBjWskgA

domingo, 26 de maio de 2013

Neurose, Escrita e Desejo

Como conciliar estas três coisas sabendo que a neurose sempre trai o seu desejo? Este é um blog de um leitor em busca de outros leitores tentando produzir alguma escrita de acordo com seu desejo. A fantasia está para a neurose assim como o delírio para a psicose. Essa é uma comparação clássica no campo da psicanálise. O que escrever? O que fazer? O que ler? Pra quê ler? O que fazer com o que é lido?

A sublimação, o título deste blog, é uma tentativa de dar conta dos desejos e fantasias e transformá-la em algo concreto, conceitual ou mesmo abstrato como a arte. Hoje voltei a pensar nestas questões, porém acho muito clichê ou pedante colocar todas aqui. No fim, sempre me pergunto, isso interessa a quem?

Preciso organizar as ideias, produzir algo, fazer fluir a escrita, sem tornar isso aqui um grande divã ou diário. Isso é sublimar. Prometo tentar algo conciso em breve.